
Logo no inicio do filme, ao ser instigado a falar sobre seus
medos, Augustus Waters diz a seguinte frases:
- Meus medos? Ser
esquecido. É, eu quero ter uma vida extraordinária. Quero ser lembrado, eu
diria que meu único medo é não conseguir fazer isso.
Ser esquecido, no final das contas, é o medo de muitos de
nós. Desde pequenos, na escola, no meio das crianças que brincam na rua,
tentamos ser notados, aceitos, destacados dos demais e isso é normal, todos
queremos ser lembrados. O problema, é que esquecemos que a vida é um sopro, e
de repente a vida passa e nós não demos valor as pessoas que estavam conosco,
que lembraram de nós todos os dias. Mãe, pai, irmãos, amigos e vizinhos.
A história, originária do livro homônimo, narra a vida de
Hazel, uma jovem com câncer no pulmão que não sabe exatamente quanto tempo
ainda lhe resta até o dia em que conhece Augustus Waters, carinhosamente
chamado de Gus, um garoto sorridente, diferente e que já passou pelo que ela
estava passando. E é nesse instante que a vida dos dois muda.
O desenrolar da narrativa é lindo. O aprendizado entre os
dois, a forma como aprendem a ver o que está ao seu alcance e que lhes faz
feliz todos os dias, mesmo sem saber quantos eles ainda tem, nos faz parar para
pensar no quanto somos frágeis perante a grandiosidade da vida e o quanto
perdemos com aquilo que não tem real importância. Com medos, autopiedade,
sucesso fútil.
Quanto tempo perdemos tentando alcançar as banalidades da
vida enquanto passamos por cima do que realmente é importante, passando por
cima dos nossos sonhos, dos nossos prazeres e do amor.
Não somos infinitos para o mundo, mas podemos ser para
algumas pessoas.
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