Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2017

Um texto sobre teatro

Eu queria ir mais ao teatro. Essa é uma daquelas conclusões a que se chega sem saber muito bem de que forma, você apenas acorda com uma vontade insana de ir mais ao teatro. E é isso, nada de grandes visões com esse texto, não tenho nenhum segredo para contar, nada aqui vai mudar a sua vida, só queria dizer que queria ir mais ao teatro, achei que era importante. Já acordou com a sensação de ter dormido por tempo demais? Como se tivesse ido para a cama ontem e acordou dez anos depois? Você de repente percebe que as coisas não estão onde você deixou na noite passada, as paredes estão mofadas, tem teias de aranha no teto, plantas mortas na janela e você fica se perguntando que diabos aconteceu, por quanto tempo você permaneceu adormecido? É uma sensação estranha, essa. Mas o texto não é sobre isso, é sobre minha vontade de ir ao teatro. Assisti meses atrás uma peça sobre os amores de Machado de Assis, um monólogo, para ser mais preciso. Monólogo, é assim que se chama uma peça de u

Apenas sorria e acene ou "A arte de ficar em silêncio"

Quem passa por mim no dia a dia, sem me conhecer, deve pensar que sou um cara estranho. Sou aquela pessoa que se limita aos bom dias e aos acenos de cabeça, adepto de pensamentos flutuantes e olhar distante, não faço por mal e na maioria das vezes, eu não queria ser assim. Quando criança, segundo minha família e conhecidos, eu era um verdadeiro terror. Quando as pessoas se apercebiam da minha chegada, corriam para tirar de vista qualquer coisa que pudesse ser quebrada ou arremessada, eram algumas horas de pânico. Eu era aquele tipo de criança que foge dos pais no super mercado, que aborda estranhos na rua, que tranca a mãe fora de casa e tenta botar fogo nos colchões. Sim, eu tentei colocar fogo nos colchões. E então, assim sem aviso, me tornei o cara estranho que não não fala muito. Na verdade, eu falo, falo pelos cotovelos, mas só de vez em quando e com pessoas com quem me sinto confortável para tal. O fato é, que a medida que crescemos, as pessoas param de ouvir o