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Mostrando postagens de agosto, 2015

Porque eu só quero viajar pelo seu mundo

Sexta feira, dia 14 de agosto de 2015. O tão esperado dia havia chegado e eu nem conseguia acreditar que tinha aguentado passar três semanas sem te ver, iriamos fazer nossa primeira viagem juntos e sabíamos que precisávamos desse tempo, desses momentos, desses instantes. Eu estava animado, por estar contigo, por viajar, por conhecer mais uma parte da sua família, eu estava animado por nós e o grande dia havia chegado. O destino escolhido foi Balneário Camboriú, capital do turismo em Santa Catarina, lugar lindo, inspirador e paradisíaco, nada podia ser melhor. Embarcamos no ônibus e assim que nos sentamos uma das melhores experiências de nossas vidas começou, momentos que ficariam marcados para sempre na nossa memória. Chegamos ao nosso destino e logo de cara já me apaixonei pela cidade, era linda! Algumas horas mais tarde, após o descanso e as devidas apresentações, começamos nosso tur pelo lugar, mar azul, montes, prédios, praias paradisíacas dignas de um episódio de Lo

Nosso coração é idiota

Havia um pequeno vilarejo em algum lugar da Índia, e nele havia um velho guarda que cuidava das casas. Todas as noites, de seu posto de vigia,   ele gritava para que todos pudessem ouvir: - Está tudo bem! E então, todos dormiam tranquilos, pois sabiam estar em segurança. Mas aconteceu que certa noite, após ele dar o esperado aviso, dois assaltantes entraram no vilarejo e levaram tudo que havia em uma das casas, só então, os moradores descobriram que o velho guarda era cego. Moral da história: Nosso coração é idiota e as vezes precisa ser convencido de que está tudo bem. Esse pequeno conto foi retirado do longa 3 Idiotas, um dos meus filmes favoritos e confesso que assim que ouvi esse trecho, fiquei impressionado. A história pode até parecer bobinha mas carrega em si uma profundidade tamanha, capaz de deixá-la guardada vividamente na minha memória até o atual momento. Sabe, tenho descoberto que nosso coração realmente é meio idiota, e as vezes, ele prec

Esperar é caminhar

 Eu acredito em destino. Calma, não estou falando naquele destino dos filmes e das novelas, não estou falando de horóscopo, astrologia nem nada do tipo, eu apenas acredito que nós fomos destinados a algo. “Ah John, então você está dizendo que eu não tenho livre arbítrio? Que sou só um fantoche sem escolha?”, não, eu não estou querendo dizer isso. Acalme-se, você ainda é livre. Existe um caminho, um caminho perfeito, que te leva até o destino perfeito para você, só que ao longo desse caminho existem bifurcações, encruzilhadas, curvas fechadas, quebra-molas, pontes e pedágios e aqui está a melhor parte: Você pode ir por onde você quiser! Não parece incrível? Não estou dizendo que essa é a verdade absoluta, essa é apenas a teoria em que acredito e na qual eu tento pautar a minha vida e posso te garantir, é muito difícil. É difícil porque a gente não sabe confiar, não sabe esperar. É difícil porque a gente não sabe andar em linha reta, a gente insiste em mudar a rot

Tire o amor do dicionário

  Muito se fala sobre o amor hoje em dia mas se tem algo que eu aprendi nessa minha curta vida, é que quando muito se fala sobre alguma coisa, pouco se sabe realmente sobre ela. Quanto mais tentamos definir algo, mais distantes ficamos do que aquilo realmente é. Porque nós tiramos nossas conclusões baseado naquilo que conhecemos, que vivemos, ou seja, sete bilhões de pessoas, sete bilhões de definições. Nós temos essa necessidade, sabe? De definir tudo, de etiquetar, catalogar, taxar coisas que nem precisam. Vemos milhares de frases que começam com “o amor é como COLOQUE AQUI A SUA DEFINIÇÃO” e isso não está errado, só é desnecessário. Porque então perdemos tempo tentando descrever algo indescritível, talvez para que outras pessoas possam entender o que sentimos, talvez para tentar por pra fora o que grita lá dentro, talvez porque essa mania feia foi implantada na nossa mente desde sempre. Tudo tem uma definição específica. Separamos o mundo em países, raças, línguas

Conto: O ponto de ônibus

Eram seis da manhã. Seis e alguns quebrados para ser mais específicos e ele, como de costume, estava atrasado. Caminhava a passos largos, o frio da manhã lhe estapeava o rosto e fazia subir uma névoa branca de sua boca a cada respiração. Quando dobrou a esquina, parou, vendo ao longe seu ônibus partir. Chegaria atrasado ao trabalho. Novamente. Caminhou, agora lentamente, até o ponto de ônibus do outro lado da rua. Era inverno e pouco movimento havia naquela pequena cidade, pra ser sincero, o único som audível no momento era o de seus passos contra o chão irregular de paralelepípedo. Pensava em como explicaria para seu chefe que havia perdido o horário novamente quando algo lhe chamou atenção. Alguém estava sentado na parada de ônibus. Ao se aproximar viu que era uma moça, estava muito bem agasalhada, usava calça jeans, coturnos surrados pelo tempo, jaqueta preta e uma toca que mostrava apenas parte do cabelo curto de fora, o suficiente para perceber que era e