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Mostrando postagens de junho, 2016

Conto: Em um bar qualquer, a Morte e o Tempo

Era um bar qualquer, em algum lugar qualquer e nada havia de especial nele. O cheiro de cigarro e álcool estava impregnado na mobília, nas paredes e no ar, mesmo assim agradava aqueles velhos amigos se encontrar ali. Lá dentro, a Morte, um homem alto e magricelo tomava cerveja gelada enquanto olhava para o nada, sem prestar muita atenção ao que acontecia ao seu redor. Tal era sua distração que quando o Tempo chegou ele nem percebeu. - Nem te vi chegar - disse ele enquanto dava uma olhadela em um relógio velho pendurado em uma das paredes encardidas do bar. - Ninguém nunca vê. - Como consegue se atrasar toda vez?  - Desculpa, faz parte de mim, é inevitável. O Tempo puxou uma cadeira e sentou. Usava uma camiseta cinza desbotada, calça jeans e chinelo. Não chamava a atenção nem carregava nenhum tipo de beleza, mas era de uma simpatia ímpar. O barman perguntou o que ele iria beber e dois minutos depois voltou com cerveja e amendoins.  - Como vai o serviço?