As palavras a seguir, são de um sábio oriental, chamado Osho.
“As pessoas perderam quase que completamente a dimensão das lágrimas. Elas só as deixam sair quando estão em profundo estado de dor ou sofrimento. Esqueceram-se de que as lágrimas também podem ser de felicidade, de enorme prazer, de celebração. As lágrimas não têm nada a ver com o sofrimento ou a felicidade. Elas têm a ver com qualquer coisa que seja muito profunda e precise transbordar. Pode ser felicidade, pode ser tristeza. Qualquer coisa que seja intensa demais, impossível de conter, algo que transborde: a xícara ficou cheia demais. As lágrimas saem desse excesso. Então, dê a elas o seu devido valor.”
Fiquei refletindo sobre elas.
Quem nunca ouviu uma mãe dizendo
para o seu filho pequeno, após ele ter caído, “não chora, não foi nada demais, levanta”. Ou que nunca ouviu um
pai dizendo, “Para de choro, homem não
chora”? Todos já ouvimos isso. Desde pequenos somos ensinados que chorar é
sinal de fraqueza. Mas tenho uma novidade para te contar: Você não precisa ser
forte o tempo inteiro. Você não precisa sorrir só
para que as pessoas ao seu redor vejam o
quanto você é seguro, maduro. Você não precisa dizer que está bem se na verdade
está com vontade de sair correndo porta a fora e nunca mais voltar. Você não
precisa postar aquela frase de autoajuda no Facebook junto com uma foto com
pose de ser a pessoa mais confiante da terra. Você precisa mesmo é chorar.
De um tempo para cá, tenho ouvido
que preciso encontrar meu equilíbrio, que não posso estar um dia bem, o outro
mal, um dia bem, o outro mal. E isso é verdade, precisamos desse equilíbrio.
Mas nessa busca, até encontrá-lo, me fechei algumas vezes e sufoquei
sentimentos, porque não podia estar mal. Mas sabe o que descobri? Descobri que equilíbrio não é estar sempre bem, é saber lidar com os extremos, saber que até
chegar ao ponto perfeito do pendulo, vamos balançar.
Não me entenda mal, não estou
dizendo para você ser um bebê chorão que não sabe lidar com a vida e corre para
baixo da saia dos pais sempre que algo dá errado. Estou dizendo que vai chegar
um momento onde você não vai estar bem. Vai chegar um momento onde você vai ter
acumulado tanta coisa ai dentro, que vai precisar simplesmente transbordar,
deixar sair para fora de alguma forma. Alguns compram um saco de pancada,
outros saem para correr, jogam futebol, compram sorvete, mas o meu conselho?
Chore.
Chore mesmo. Sem medo, sem
vergonha do que os outros vão dizer ou pensar, sem lenços ou óculos escuros.
Apenas deixe as lágrimas rolarem, porque chorar é preciso.
Bom seu texto, rapaz. Bom seu blog, por sinal. Eu sinto muito esse sufocamento do "homem não chora". Escrevi sobre isso no meu blog (http://impressoesdesinteressadas.wordpress.com) mas pretendo escrever mais longamente. Me deixa triste e preocupado o fato da influência desse problema social (como eu considero) ter se estendido a mim de tal forma que eu não chorei nas vezes que precisava (como a morte recente de amigos, que me tocou muito, mas não consegui externar).
ResponderExcluirOlá Viin, fico feliz que tenha gostado, aliás, gostei do seu blog. É triste que na época em que vivemos ainda exista este tipo de sufocamento por parte da sociedade, muita coisa acaba se perdendo nesta tentativa de esconder/suprimir sentimentos.
ResponderExcluirUm abraço!
Valeu pela visita. Mantenhamos nossas vozes digitais reclamando mesmo, é pra isso que tem que servir a internet, não?
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