Havia um pequeno vilarejo em
algum lugar da Índia, e nele havia um velho guarda que cuidava das casas. Todas
as noites, de seu posto de vigia, ele gritava
para que todos pudessem ouvir:
- Está tudo bem!
E então, todos dormiam
tranquilos, pois sabiam estar em segurança.
Mas aconteceu que certa noite,
após ele dar o esperado aviso, dois assaltantes entraram no vilarejo e levaram
tudo que havia em uma das casas, só então, os moradores descobriram que o velho
guarda era cego. Moral da história: Nosso coração é idiota e as vezes precisa
ser convencido de que está tudo bem.
Esse pequeno conto foi retirado
do longa 3 Idiotas, um dos meus filmes favoritos e confesso que assim que ouvi
esse trecho, fiquei impressionado. A história pode até parecer bobinha mas carrega
em si uma profundidade tamanha, capaz de deixá-la guardada vividamente na minha
memória até o atual momento.
Sabe, tenho descoberto que nosso
coração realmente é meio idiota, e as vezes, ele precisa ser enganado, precisa
ouvir que tudo ficará bem, precisa que provemos pra ele que podemos fazer algo,
que somos capazes. Tenho descoberto que não preciso provar nada pra ninguém,
mas muitas vezes preciso provar para mim mesmo. Quantas vezes não nos perdemos
dos nossos sonhos por achar que não podemos? Que não iremos conseguir ou que
não somos bons o suficiente? Quantas vezes deixamos as oportunidades passarem
porque nós mesmos nos desacreditamos?
Chega uma hora em que não dá mais
para adiar, não dá mais para deixar para depois, não dá mais para ficarmos apoiados
em autopiedade, precisamos agir, precisamos olhar para o nosso interior, para o
nosso tolo e descrente coração e dizer “eu posso fazer isso e eu vou mostrar
para você!”, nosso coração precisa de um velho guarda cego. Walt Disney disse a
seguinte frase:
“Se podemos sonhar, podemos tornar realidade”.
Não quero trazer aquele velho
discurso egoísta de corra atrás dos seus sonhos e seja feliz, porque imagino
que você já saiba disso mas gostaria que déssemos mais um passo, uma passo de
provar para nós mesmos do que somos capazes e numa dessas, quem sabe, descobrir
que podemos ir muito mais longe do que imaginávamos.
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